Peço desculpas por não enviar o gabarito das atividades postadas anteriormente, mas tentarei disponibilizar sugestões de respostas para as próximas postagens. Este está sendo um ano de muito trabalho e pouco tempo. Conto com a compreensão de todos. 28/11/16.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Interpretação de texto - 6º ano

O Reformador da Natureza

Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de botar defeito em todas as coisas.
— Tolices, Américo?
— Pois então?!... Aqui neste pomar, você tem a prova disso. Lá está aquela jabuticabeira enorme sustentando frutas pequeninas e mais adiante vejo uma colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem que ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas – punha as jabuticabas na aboboreira e as abóboras na jabuticabeira. Não acha que tenho razão?
E assim discorrendo, Américo provou que tudo estava errado e só ele era capaz de dispor com inteligência o mundo.
— Mas o melhor – concluiu – não é pensar nisso, é tirar uma soneca à sombra destas árvores, não acha?
E Américo Pisca-Pisca, pisca-piscando que não acabava mais, estirou-se de papo para cima à sombra da jabuticabeira.
Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo, inteirinho, reformado pelas suas mãos. Uma beleza!
De repente, porém, no melhor do sonho, plaf! uma jabuticaba cai do galho bem em cima do seu nariz.
Américo despertou de um pulo. Piscou, piscou. Meditou sobre o caso e afinal reconheceu que o mundo não era tão mal feito como ele dizia.
E lá se foi para casa, refletindo:
 — Que espiga!... Pois não é que se o mundo tivesse sido reformado por mim a primeira vítima teria sido eu mesmo? Eu, Américo Pisca-Pisca, morto pela abóbora por mim posta em lugar da jabuticaba? Hum!... Deixemo-nos de reformas. Fique tudo como está que está tudo muito bem.
E Pisca-Pisca lá continuou a piscar pela vida a fora, mas desde então perdeu a cisma de corrigir a Natureza.
[...]
LOBATO, Monteiro. A reforma da natureza. São Paulo: Brasiliense, 2002


01- No trecho “— Mas o melhor – concluiu – não é pensar nisso, é tirar uma soneca à sombra destas árvores, não acha?”, a palavra sublinhada se refere
(A) ao hábito de Américo de pôr defeito nas coisas.  (B) à queda da jabuticaba no nariz do Américo.
(C) às mudanças sugeridas por Américo.                    (D) ao sonho que Américo teve.

02 - Podemos identificar um exemplo do conflito gerador da narrativa no trecho
(A) “... eu trocaria as bolas – punha as jabuticabas na aboboreira e as abóboras na jabuticabeira.”
(B) "– Mas o melhor – concluiu – não é pensar nisso, é tirar uma soneca à sombra destas árvores, não acha?”
(C) “Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo, inteirinho, reformado pelas suas mãos. Uma beleza!”
(D) “Meditou sobre o caso e afinal reconheceu que o mundo não era tão mal feito como ele dizia”.

O LEÃO E O RATINHO
Esopo
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra.
Fonte: Ler e escrever: Livro de textos do aluno/Secretaria da Educação, FDE. São Paulo: FDE, 2008

03 - O leão conseguiu se soltar da rede dos caçadores porque
(A) prendeu o ratinho com a pata.    (B) desistiu de esmagar o ratinho.
(C) deixou o ratinho ir embora.        (D) o ratinho roeu as cordas.

04 - A fábula O leão e o ratinho quer
(A) ensinar o leitor, com diferentes situações.    (B) descrever as relações dos animais na floresta.
(C) revelar grandes segredos ao leitor.               (D) contar sobre a fuga do leão.

05 - A expressão que apresenta uma qualidade, revelando a opinião do narrador na fábula O leão e o ratinho é
(A) “fazia a floresta inteira tremer”.        (B) “todos conseguiram fugir”.
(C) “cansado de tanto caçar”.                   (D)”dormia espichado”.

Para responder abaixo, leia a tirinha.


Fonte: ZIRALDO, A. As melhores tiradas do Menino Maluquinho / Ziraldo: ilustrações do autor, Mig e equipe. São Paulo: ed. Melhoramentos, 2005, p.25.

06 - O Menino Maluquinho disse “OBA!”, no primeiro quadrinho. A forma como foi registrada sua fala significa que ele está:  (A) sussurrando.   (B) chorando.   (C) cantando.   (D) gritando.

07 - Os elementos que caracterizam o humor na tirinha são
(A) as exclamações do Maluquinho “OBA! e “IUPI!...”       (B) a expressão e os gestos de alegria da mãe.
(C) a fala da mãe e a onomatopeia “CRAC!” e “IUPI!”       (D) a fala e a expressão facial do médico.

08 - Da leitura da tirinha do Maluquinho, pode-se entender que
(A) é a primeira vez que Maluquinho foi engessado.   
(B) a mãe não se preocupa com o comportamento do menino.
(C) o menino é agitado e costuma quebrar coisas.      
(D) o médico não tratou direito do Maluquinho.

Quem vai salvar a vida
(...) No dia seguinte era sábado, e meu pai pegou o Trovão, nosso cachorro, e já ia saindo com ele pra passear.
Eu então perguntei:
– Ô, pai, que tal levar um saquinho para pegar a sujeira do Trovão?
– Pegar a sujeira? – ele perguntou.
– Então, pai, não se pode deixar sujeira no meio da rua...
– Ora, ora – meu pai respondeu –, a rua é pra isso mesmo!
– Pai, que absurdo! A rua é de todos! É como se você levasse seu cachorro pra sujar a casa dos outros. Você não vê que a gente pisa nessa sujeira e traz pra casa? Não vê que tem crianças pequenas que andam na rua e sujam os pés?
Meu pai me olhou torto, torto.
E foi embora.
Mas, quando ele voltou, eu vi que ele tinha um saquinho, que ele atirou no lixo (...).
Ruth Rocha. Quem vai salvar a vida? São Paulo, FTD, 2009

09 - A parte do texto que nos indica que o narrador é um filho ou filha é
(A) “A rua é de todos!”                                                         (B) “Ora, ora(...), a rua é para isso mesmo!”
(C) “(...) não se pode deixar a sujeira no meio da rua...”        (D) “Meu pai me olhou torto, torto.”

10 - Lendo o trecho “Mas, quando ele voltou, eu vi que ele tinha um saquinho, que ele atirou no lixo (...)”, pode-se concluir que o pai:    
(A) resolveu comprar sacos de lixo.         (B) desistiu de passear com o cão.
(C) recolheu a sujeira de seu cachorro.   (D) pisou no lixo encontrado na rua.

Atividade retirada do site: http://www.rio.rj.gov.br/web/sme

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.